sexta-feira, 17 de agosto de 2007

As notícias de hoje, 17/08, são:

As notícias de hoje, 17/08, são:



- Setor imobiliário espera mais crédito do FGTS para classe média



- Dados do segmento imobiliário dominam na agenda americana



- Financiar mais e reformar ou dar o dinheiro de entrada? Atenção aos juros


- Setor de crédito de imóveis dita pessimismo

- As duras lições da crise americana

- Atividade de construção de casas nos EUA cai em julho para o menor nível em 10 anos

- Venda de imóveis novos fecha semestre em alta


Setor imobiliário espera mais crédito do FGTS para classe média
As novas regras para uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiamentos habitacionais devem impulsionar o setor brasileiro de moradia, sobretudo em imóveis voltados para a classe média, avaliam executivos do setor.

No começo do mês, o governo anunciou medidas de incentivo para o setor imobiliário envolvendo o FGTS.

Entre elas estão a redução de 0,5 ponto percentual ao ano nos juros, para 5,5 por cento mais a Taxa Referencial (TR), para aqueles que tiverem conta no fundo há mais de 3 anos e fecharem contratos a partir de 2008; a ampliação da faixa de renda familiar dos compradores nas capitais de 3,9 mil para 4,9 mil reais; e a elevação do teto dos preços dos imóveis de 100 mil para 130 mil reais no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Rio de Janeiro e São Paulo.

"No Brasil essas medidas fazem uma diferença muito grande porque ampliam o nosso potencial de atingir a classe média. Quando criamos nossa unidade econômica, a FIT Residencial, era para chegar até (moradias por) 130 mil reais. Agora o FGTS já chega até a gente, encaixa toda a nossa gama", disse à Reuters o presidente da Gafisa, Wilson Amaral.

"Lá na frente são esses negócios mais econômicos que vão prevalecer para as empresas", completou.

Atualmente, a maioria das construtoras e incorporadoras do país têm seus empreendimentos concentrados em uma faixa de clientes que pode pagar mais de 150 mil reais por habitação.

Segundo estimativas do setor, abaixo dessa capacidade de pagamento ficam 7 milhões entre os quase 8 milhões de unidades residenciais que compõem o déficit habitacional brasileiro.

Apesar da expansão do crédito imobiliário nos últimos anos, empresas do setor têm poucos lançamentos no chamado segmento econômico, embora esperem forte crescimento nessa área nos próximos anos. Esse é o caso da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário .

"Essas mudanças do FGTS são positivas, mas ainda não estão na base do nosso banco de terrenos. A gente tem uma faixa nisso, ainda pequena, que algumas empresas já atendem. Mas a maioria está se preparando, ainda não chegou", afirmou o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Camargo Corrêa, Paulo Mazzali, acrescentando que a empresa estuda investir na faixa de imóveis entre 50 mil e 100 mil reais.

Para o vice-presidente financeiro da Cyrela, Luis Largman, "o setor imobiliário brasileiro tem uma pirâmide muito larga e qualquer medida sobre crédito melhora as perspectivas".

Mas ele diz que ampliação do uso do FGTS é apenas um entre os vários fatores que entram na decisão de construir.

"Só para comparar o que temos aqui com essa crise do mercado imobiliário nos Estados Unidos, enquanto eles tiveram 25 anos de ciclo positivo, nós não tivemos nada. Estamos apenas agora começando a ter um ciclo positivo e isso implica ir descendo nessa pirâmide", disse Largman.

Fonte: Estadão



Dados do segmento imobiliário dominam na agenda americana
A orientação dos investidores, focada há uma semana na piora dos riscos financeiros atrelados à crise imobiliária nos Estados Unidos, ganha hoje informações adicionais com a agenda americana, onde constam números de julho sobre o ritmo de construções de novas casas e licenças nos EUA. Não menos importante é o levantamento do Federal Reserve (Fed) da Filadélfia sobre a atividade na região no mês de agosto.

Com o temor de desaceleração da economia dos EUA, os investidores também devem monitorar a pesquisa sobre os novos pedidos de seguro-desemprego durante a semana encerrada no último dia 11. A expectativa é de ligeiro recuo para 313 milhões de pedidos.

No Brasil, a pauta doméstica contempla apenas o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na segunda semana deste mês.

Fonte: Valor Econômico



Financiar mais e reformar ou dar o dinheiro de entrada? Atenção aos juros
Comprar um imóvel antigo significa, além de arcar com as mensalidades do financiamento - em caso de impossibilidade do pagamento à vista -, desembolsar um dinheiro para a reforma. Diante dessa situação, fica a dúvida: o que deve ser feito? Aproveitar o valor da entrada para fazer as modificações na casa e pedir emprestado todo o restante ou optar por pedir o menor valor de crédito possível?

Segundo o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, é importante levar em conta que quanto menos a pessoa financiar, menos juros ela pagará. "As taxas são cobradas sobre o valor total emprestado", lembrou.

Importância da entrada

Dessa forma, a escolha deve ser bem pensada para que a facilidade inicial não resulte em maiores gastos depois. Além disso, deve-se lembrar que, dentro do Sistema Financeiro de Habitação, não é possível financiar todo o valor do imóvel antigo.

"Hoje os bancos oferecem até 80% do preço, enquanto que para os novos é de 100%", explicou. Portanto, o dinheiro da entrada é fundamental para fazer o negócio.

Modificação no cenário

Na avaliação do economista, até o ano que vem, esse cenário será modificado. "Há algum tempo, era possível conseguir crédito de até metade do preço da casa ou apartamento, enquanto que hoje chega a 80%", previu.

De qualquer maneira, vale lembrar que quanto maior o valor financiado, maior também é o prazo utilizado para o pagamento ao banco. E tudo isso pesa no bolso, em forma de juros.

Fonte: InfoMoney



Setor de crédito de imóveis dita pessimismo
Apesar de os dados recentes sobre a economia americana mostrarem melhora no cenário, o pessimismo em relação ao mercado de crédito imobiliário continua a ser a principal preocupação dos investidores. É que a Countrywide Financial, a maior empresa de financiamento imobiliário dos EUA, voltou a estar no centro das atenções. Um analista do banco Merryll Lynch rebaixou a posição das ações da companhia de "compra" para "venda".

"Caso pressão financeira suficiente seja colocada sobre a Countrywide, ou se o mercado perder a confiança na sua condição de funcionar adequadamente, então o modelo pode quebrar, levando a uma insolvência", escreveu o analista Kenneth Bruce. "Se as liquidações acontecerem em um momento de mercado fraco, então é possível que a Countrywide vá à falência." As ações da financiadora caíram 12,96% ontem e cerca de 50% apenas neste ano. O anúncio da empresa, no dia 24 de julho, de que seu lucro no segundo trimestre sofrera queda de 33% foi considerado o estopim da atual instabilidade das Bolsas.

Já o fundo de "private equity" (capital privado) KKR, um dos maiores do mundo, disse que sua afiliada KKR Financial Holdings, que é um fundo de investimentos do setor imobiliário, vai perder US$ 40 milhões com hipotecas e que o prejuízo pode chegar a US$ 290 milhões. As ações da afiliada tiveram queda de 31,15% ontem e geraram especulações se o fundo de "private equity" continuará com seus planos de realizar um IPO (oferta inicial de ações).

Pesquisas divulgadas ontem mostram que os problemas no setor imobiliário devem continuar. A confiança dos construtores no mercado de casas novas caiu ao menor nível em 16 anos (época da Guerra do Golfo). Os preços das casas caíram pelo quarto trimestre seguido.
Os dados de inflação ao consumidor e da produção industrial dos EUA em julho mostram que a economia deve continuar com seu ritmo moderado. A inflação ficou em 0,1%, e seu núcleo, que exclui preços voláteis, foi de 0,2%, ambos dentro do previsto por analistas. A produção industrial subiu 0,3%.

Segundo alguns analistas, esses números não foram tão bem-vistos por parte de Wall Street. É que inflação sob controle e crescimento moderado é o cenário atualmente desejado pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), o que torna menos provável um corte de juros, como querem alguns investidores. A taxa está em 5,25% ao ano. "Se você disser que nós reduzimos a taxa de juros porque o mercado financeiro está descontente, as pessoas irão dizer que Ben Bernanke [presidente do Federal Reserve] está cedendo para Wall Street", afirmou ao "New York Times" Jan Hatzius, economista do Goldman Sachs. "E claramente não é essa a percepção que eles querem passar."

Porém há economistas que acreditam que a turbulência nas Bolsas fará com que o Fed faça o primeiro corte nos juros em mais de um ano, na reunião de 18 de setembro. "Com os mercados financeiros em desordem e os problemas com crédito, o Fed não terá muita opção a não ser relaxar sua política", disse Mark Zandi, da Moody's.

Fonte: Folha de São Paulo



As duras lições da crise americana
As primeiras avaliações feitas no Brasil por órgãos do governo e também por instituições ligadas ao mercado financeiro mostram que houve grandes erros na política habitacional americana e nas empresas de crédito imobiliário, criando-se financiamentos fantasiosos, que elevaram os preços dos imóveis para muito além da realidade. A crise parece um pouco, segundo analistas, com a que houve no Brasil, nos anos 80, quando começou o desmonte do Banco Nacional de Habitação. As empresas imobiliárias americanas vendiam imóveis novos com fogões, geladeiras, moveis, piscinas, jardins, churrasqueiras e até carros na garagem com financiamentos de até 20 anos. Os preços dos imóveis ficavam elevadíssimos e as hipotecas eram renegociadas até chegarem a um valor que, mesmo vendendo o imóvel, não havia como pagar nem a metade da dívida.

No Brasil, o BNH criou o sistema de construção que virou padrão até hoje: apartamentos em prédios que tinham piscinas, saunas, garagens, salões de festas, academias de ginástica e até praças internas. Quando o comprador tentava vender os imóveis, não tinha como pagar a dívida. O Sistema Financeiro da Habitação brasileiro também quebrou.

Mais fantasia

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Paulo Simão, diz que a crise do mercado imobiliário americano é muito mais complexa do que as questões do próprio mercado, porque ela envolve complicadas operações financeiras internacionais. Ela tem a ver também com os prazos de financiamento de até 30 anos. Neste espaço de tempo muitos bairros entram em decadência. Tem também a ver com as facilidades de crédito exageradas e os valores de imóveis que nada têm a ver com a realidade. Para Paulo, essa crise é ruim, mas ela pode ser didática para muitos países, que querem vender imóveis para pessoas sem renda. Ele lembra também que o setor automobilístico americano e o brasileiro vivem hoje uma grande euforia, vendendo veículos em até 84 meses, sem entrada, sem comprovação de renda. Além disso, o comprador inclui no financiamento o seguro e o imposto. Um produto que só vai durar cinco anos. O mercado imobiliário e as empresas de crédito dos Estados Unidos cometeram todas as loucuras possíveis, Agora, o mundo paga.

O fim do BNH

No Brasil, só os brasileiros pagaram as loucura da Delfim e do BNH. Quando o Sistema Financeira da Habitação quebrou, o governo deu socorro e ainda empregou todos os funcionários do BNH (12 mil pessoas) na Caixa Econômica.

Fonte: Jornal do Brasil (Walter Diogo)



Atividade de construção de casas nos EUA cai em julho para o menor nível em 10 anos
A atividade de construção de casas nos Estados Unidos recuou 6,1% em julho, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 1,381 milhão de unidades, no confronto com as 1,470 milhão de moradias registradas em junho (número revisto). O resultado é o mais baixo desde janeiro de 1997.

Os alvarás de construção declinaram 2,8% no mês passado, para uma taxa anual de 1,373 milhão de unidades, com ajuste sazonal, o menor nível desde outubro de 1996. Em junho, a marca foi 1,413 milhão (número revisto).

As informações constam de nota distribuída nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos e agências internacionais.

Fonte: Valor Econômico






Venda de imóveis novos fecha semestre em alta

O mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo fechou o semestre com ritmo de

vendas em alta. O indicador Vendas Sobre Oferta (VSO), que mede o desempenho de

comercialização, ficou em 17,4% no mês de junho - praticamente estável em relação a maio

(17,5%).

De acordo com a Pesquisa sobre o Mercado Imobiliário, desenvolvida pelo Departamento de

Economia e Estatística do Secovi-SP, foram comercializadas no sexto mês do ano 3.169 unidades,

correspondente à movimentação de R$ 931,4 milhões.

A pesquisa indica excelente desempenho de vendas dos imóveis lançados recentemente. Unidades

na Fase de Lançamento, período de seis meses desde o momento da colocação em oferta,

registraram VSO de 24,4% e representaram 2/3 do total escoado em junho.

A participação dos segmentos de dois e três dormitórios também merece destaque. O nicho de dois

dormitórios registrou VSO de 26,6%, com a venda de 1.301 unidades (41,05% do total vendido). Já

o segmento de três dormitórios atingiu VSO médio de 16,7%, com 1.089 unidades negociadas.

Lideraram as vendas imóveis de dois dormitórios com preço médio na faixa de R$ 2.200,00 a R$

4.300,00 por metro quadrado de área privativa, e unidades de três dormitórios com valores entre

R$ 2.500,00 a R$ 3.600,00 por metro quadrado de área privativa, localizados nas regiões central,

Leste e Sul da cidade.

Período positivo – O mercado imobiliário encerra o semestre com VSO médio de 13,2% ao mês,

contra média mensal de 10,5% no ano passado. Vendeu-se 9,76% a mais nos seis primeiros meses

deste ano (14.430 unidades) do que o total comercializado de janeiro a junho de 2006 (13.147

imóveis). Em valores, o volume negociado atingiu R$ 4,37 bilhões, equivalente ao crescimento de

6,26% em relação ao montante verificado nos seis meses de 2006 (R$ 4,12 bilhões).

Em termos de segmentação, o perfil de distribuição de vendas por dormitórios no semestre foi

semelhante ao registrado em junho. Unidades de dois dormitórios representaram a maior fatia, com

5.907 unidades vendidas (40,94% do total). O segmento de três dormitórios obteve a segunda

colocação, com 4.759 unidades escoadas (32,98%), e o nicho de quatro dormitórios totalizou 3.383

unidades comercializadas, equivalente à participação de mercado de 23,44%.

Produção em alta – A Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) aponta o

lançamento de 13.161 unidades no primeiro semestre de 2007, contra 9.617 unidades lançadas de

janeiro a junho de 2006 – um crescimento da ordem de 36,85% em termos de produção de novos

imóveis.

“Junho encerra o semestre com chave de ouro. Destaque para empreendimentos lançados

recentemente, sobretudo nos segmentos de dois e três dormitórios, com preços médios por unidade

de até R$ 300 mil e área privativa média inferior a 150 metros quadrados”, observa Alberto Du

Plessis Filho, vice-presidente de Tecnologia e Relações de Mercado do Secovi-SP.

Na opinião do dirigente, apesar dos entraves impostos pelo padrão urbanístico da cidade de São

Paulo - que encarecem e dificultam a viabilização dos empreendimentos -, a ampliação da oferta de

recursos para financiamento e as condições mais favoráveis para negociação dos contratos geram

perspectivas positivas para o segundo semestre.

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