quinta-feira, 16 de agosto de 2007

As notícias de hoje, 16/08, são:

As notícias de hoje, 16/08, são:


- Imobiliárias do Brasil descartam perda por crise nos EUA


- Recursos da poupança para crédito imobiliário batem novo recorde


- Aquecimento no mercado imobiliário deve gerar recorde de negócios na feira de imóveis


- Empréstimo para casa própria cresce 94% em julho e bate novo recorde


- Crédito imobiliário


Imobiliárias do Brasil descartam perda por crise nos EUA
A crise no crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos não afetará as operações de construtoras e incorporadoras no Brasil no curto prazo, embora tenha impacto sobre o valor de empresas do setor na Bolsa de Valores de São Paulo, avaliam executivos.

"A gente só tem um problema desse depois que o mercado se desenvolveu demais. Nos EUA deram tanto financiamento para quem merecia crédito, que precisaram dar para gente que não tinha tantos meios. No Brasil é completamente diferente, somente agora estamos dando os primeiros financiamentos imobiliários", disse o presidente da Gafisa, Wilson Amaral.

"O perigo que existe é o negócio sair do subprime, pegar os EUA como um todo... Nas últimas semanas, as nossas ações sofreram por causa desse movimento internacional, e ainda não sabemos se acabou. Mas, do ponto de vista de fundamento, a perspectiva para o setor continua sendo de crescimento, principalmente por causa do crédito."

Enquanto nos EUA o volume de crédito imobiliário é correspondente a mais de 60 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e no México é de cerca de 10 por cento, no Brasil a relação não supera 2 por cento.

A crise do financiamento imobiliário nos EUA derrubou as bolsas de valores globais nas últimas semanas. Bancos centrais de todo o mundo injetaram centenas de bilhões de dólares para garantir liquidez ao sistema financeiro, após problemas com hedge funds expostos a ativos imobiliários de risco.

No Brasil, o principal índice da Bovespa registrou a quarta queda consecutiva nesta terça-feira.

A Cyrela, única ação do setor imobiliário no Ibovespa, está entre as principais quedas entre os papéis que compõem o indicador nas últimas sessões. Procurada pela Reuters para comentar o assunto, a Cyrela informou que está em período de silêncio até quarta-feira, quando divulga seu resultado trimestral.

Pouco impacto na rua

O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, Paulo Mazzali, observa que o impacto sobre as ações do setor de construção no país existe, mas "afeta muito pouco o mercado imobiliário na rua".

"O investidor fica mais avesso ao risco e ações são mais voláteis naturalmente. Mas nosso mercado funciona a longo prazo. O reflexo para o Brasil (com a crise no crédito dos EUA) é muito mais limitado. Nós temos um déficit habitacional de 8 milhões de unidades que eles não têm", comentou.

"Esse crédito subprime dos EUA ficaria no nosso país na faixa entre 50 mil até 100 mil reais, se tanto. Hoje existem pouquíssimas empresas atuando ali. Elas estão se preparando, nem chegaram ainda. Mas se isso se espalhar para o mercado, pode pesar mais sobre as ações e diminuir o volume de recursos para investimento. Nós trabalhamos com o cenário de antes dessa crise, as perspectivas, por enquanto, se mantêm."

Segundo Amaral, presidente da Gafisa, a principal marca da empresa voltada ao segmento econômico, a FIT Residencial, atenderia a um público com renda próxima à dos clientes do crédito subprime nos EUA. A FIT Residencial lançará até 10 projetos entre agosto e dezembro deste ano no valor de cerca de 200 milhões de reais.

Para 2008, esses produtos --altamente dependentes de crédito imobiliário-- podem crescer mais de 25 por cento no portfólio da Gafisa.

Fonte: O Globo





Recursos da poupança para crédito imobiliário batem novo recorde
O crédito imobiliário com recursos das cadernetas de poupança bateu novo recorde em julho, com expansão de 94,66 por cento ante o mesmo período em 2006, para 1,58 bilhão de reais, anunciou nesta segunda-feira a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

As entidades de crédito concederam em julho o maior valor em financiamentos desde 1984, em números atualizados.

"Tradicionalmente março, julho e dezembro são os meses em que os números mais sobem. Com certeza vai subir mais no fim do ano", disse o diretor-geral da Abecip, Osvaldo Fonseca. "Antes esperávamos 12 bilhões de reais (em crédito) para todo 2007 e já revimos isso para 15 bilhões de reais. E essa é uma expectativa conservadora", afirmou à Reuters.

Segundo a entidade, as contratações por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) totalizaram 8,52 bilhões de reais em financiamentos neste ano até julho, número 71,81 por cento maior que em igual período de 2006.

Nos últimos 12 meses, diz a associação, o mercado recebeu 12,9 bilhões de reais para financiamentos, uma alta de 78,4 por cento em relação à série encerrada em julho de 2006.

"Esse crescimento é sustentado, não existe nenhum fator especial que tenha influenciado o resultado. A questão é macroeconômica, de segurança. Há quatro anos nós financiávamos 30 mil unidades e hoje são 150 mil. Tínhamos só 2,2 bilhões de reais para crédito em 2003. A diferença é a tranquilidade", disse.

Em julho foram financiadas 17.878 unidades, de acordo com a Abecip, o que totaliza 98.757 moradias nos primeiros sete meses deste ano. Na série de 12 meses encerrada em julho, o total supera 151 mil habitações --uma alta de 64,2 por cento na comparação com o mesmo período de 2006.

As poupanças tiveram mais depósitos do que saques em julho, com saldo positivo de 2,69 bilhões de reais, o que aumentou a captação entre janeiro e julho deste ano para 8,66 bilhões de reais, informou a associação.

Entre julho de 2006 e julho de 2007, esse saldo subiu de 135 bilhões para 165 bilhões de reais

Fonte: Reuters



Aquecimento no mercado imobiliário deve gerar recorde de negócios na feira de imóveis

Os principais lançamentos imobiliários e milhares de opções em usados de Curitiba, região metropolitana e litoral ficam em evidência de 15 a 19 de agosto na Feira de Imóveis 2007, no Piso Poty do Estação Embratel Convention Center. São mais de dez mil imóveis de construtoras e imobiliárias, além de produtos e serviços de consorciadoras e agentes financeiros, totalizando 50 expositores. Os números positivos que o mercado imobiliário vem registrando em 2007 geram a expectativa na Ademi-PR (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), organizadora do evento, e nos expositores de que na própria feira serão gerados R$ 7 milhões em negócios, superando os R$ 5 milhões do ano passado. Somando-se as vendas iniciadas na feira, mas fechadas depois, o montante deve chegar a R$ 35 milhões, contra R$ 30 milhões da edição de 2006. O número de visitantes também deve subir de 25 mil para 28 mil.

Tanto otimismo está calçado nos mais variados índices que dimensionam o crescimento da construção civil, cujo PIB (R$ 8,1 bilhões) representa 8% de todo o PIB do Paraná. Segundo o Sinduscon_PR ( Sindicato da Indústria da Construção) nos seis primeiros meses de 2007 houve aumento de 32% (de 640.219 m2 para 846.997 m2) na liberação de alvarás para construção de imóveis residenciais e não-residenciais em relação ao mesmo período de 2006. Outro dado mostra que em lançamentos verticais residencias o aumento em relação a 2006 chega a 54%. O número de empregos formais criados no setor em 2007 (5.786) já quase se equipara com todas as vagas preenchidas em 2006 (5.955). “São dados que mostram crescimento real no setor e que nos faz crer que a produção imobiliária em Curitiba deverá crescer em 2007 no mínimo 10% em relação a 2006. Com isso, deveremos chegar a mais de 1,6 milhão de metros quadrados, desempenho que não alcançávamos desde 2000”, avalia Hamilton Pinheiro Franck, presidente do Sinduscon-PR.

O crescimento no setor tem várias explicações. As principais delas referem-se à estabilidade da economia. “A queda constante dos juros, ofertas cada vez maiores de linhas de financiamento pelos bancos estatais e privados, e o controle da inflação estão animando quem quer comprar para morar ou para investir”, analisa Hugo Peretti Neto, presidente da Ademi. Aliás, para ele, o investimento em imóvel é, de novo, a bola da vez. “Alugado, um imóvel pode render até 1.2% do seu valor, sem contar a sua própria valorização, que nos últimos dois anos chegou a 30%. Com a queda na taxa de juros, nenhuma aplicação dá isso”, completa.

Este cenário leva os expositores a apostarem em muitos negócios na feira. “Além da importante divulgação institucional que o evento proporciona, esperamos movimentar R$ 1 milhão, além dos contatos que devem ser feitos no pós-feira”, afirma Milton César Hartmann, diretor da Hartmann Imóveis.

A Baggio Imóveis acredita que o crescimento do setor também deve fazer com que a feira tenha bons resultados, principalmente por causa das facilidades no crédito imobiliário. “O mercado vive um bom momento. Na última edição do evento fizemos contatos importantes no pós-feira e esperamos repetir isso este ano”, explica Márcio Danilo Favarim, gerente de vendas. A Baggio espera fechar o ano de 2007 com um crescimento de 20% em relação a 2006.

Claudio Roth, diretor da Invespark, acredita que a Feira de Imóveis de 2007 receberá mais consumidores em virtude do aquecimento da economia, da abertura de novas linhas de crédito e das novidades que chegam ao mercado curitibano. “Nossa expectativa é superar o desempenho de vendas do ano passado, mas, sobretudo, apresentar ao mercado nossos novos produtos”.

A Hestia Construções e Empreendimentos Ltda. Também tem boas expectativas. “Esperamos vender o dobro do ano passado”, afirma Gustavo Selig, diretor comercial.

A CGL Condomínios Fechados aposta no crescimento na demanda por condomínios horizontais. “Em 2006 crescemos 50% em relação a 2005 e para este ano deveremos manter esta marca”, comenta Evandro Razzoto, gerente de marketing.

As empresas da área de consórcio também estão entusiasmadas. De acordo com Claudir Santos, gerente comercial da Ademilar, com o aquecimento do mercado imobiliário em 2007, a expectativa é que a Ademilar venda pelo menos 40% mais nesta Feira de Imóveis, em comparação com o evento do ano passado.

SERVIÇO

Evento: Feira de Imóveis do Paraná
Local: Estação Embratel Convention Center – Piso Poty.
Data: 15 a 19 de agosto de 2007.
Horário: Quarta das 18h às 22h, quinta e sexta das 17h às 22h, sábado das 14h às 22h e domingo das 14h às 21h.
Entrada: Franca.
Informações: (41) 3352 6263 ou www.ademipr.com.br
Ademi-PR – Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário do Paraná

Fonte: Paranáshop



Empréstimo para casa própria cresce 94% em julho e bate novo recorde
Os financiamentos imobiliários com recursos da poupança atingiram R$ 1,58 bilhão em julho e bateram novo recorde mensal de operações. O total de contratações em julho supera em 94,66% o volume contratado em julho de 2006, segundo a Abecip (associação das entidades de crédito imobiliário).

Nos primeiros sete meses de 2007, o volume de operações contratadas com recursos das contas de poupança pelos agentes que atuam no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) totalizou R$ 8,52 bilhões, superando em 71,81% o volume contratado no mesmo período de 2006.

Considerando o desempenho dos últimos de 12 meses, o total de recursos destinados ao mercado superou R$ 12,9 bilhões, com crescimento de 78,4% em comparação à série de 12 meses terminada em julho de 2006.

Os recursos foram utilizados para o financiamento de 17.878 unidades habitacionais em julho, somando 98.757 nos primeiros sete meses de 2007. Na série de doze meses terminada em julho, o número de unidades financiadas superou 151 mil, com crescimento de 64,2% comparativamente à série de doze meses terminada em julho de 2006.

O desempenho da captação líquida de recursos das contas de poupança também continua mantendo o ritmo positivo iniciado em fevereiro. Em julho, os depósitos superaram os saques em R$ 2,69 bilhões, elevando a captação no período compreendido entre janeiro e julho de 2007 para R$ 8,66 bilhões. Em 12 meses, até julho deste ano, o saldo aumentou de R$ 135 bilhões para R$ 165 bilhões, alta de 22,5%.

Fonte: Folha de São Paulo


Crédito imobiliário

O volume de financiamento imobiliário liberado no mês de julho bateu novo recorde, atingindo R$ 1,58 bilhões. O patamar é 95% superior ao mesmo mês do ano passado. O montante foi suficiente para financiar 17,8 mil unidades. Assim, o total concedido nos sete primeiros meses do ano chegou a R$ 8,52 bilhões, com 98,8 mil imóveis atendidos com crédito. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e levam em contas os contratos realizados com recursos da poupança.

Hipoteca americana

A Countrywide Financial, maior casa hipotecária dos Estados Unidos, registrou em julho o maior nível de execuções de hipotecas e inadimplência em financiamentos imobiliários em muitos anos. A companhia concedeu 14% menos empréstimos para imóveis residenciais em relação ao mês anterior, devido à critérios mais rigorosos. Segundo a companhia, as execuções devem chegar a 1,04% do principal das dívidas, ante 0,46% um ano antes. A inadimplência subiu para 5,1%, contra 4,11% em julho passado.

Fonte: Valor Econômico

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