sexta-feira, 21 de setembro de 2007

As notícias de hoje, 21/09, são:

As notícias de hoje, 21/09, são:

Notícias - Crédito Imobiliário:

- Até agosto, crédito imobiliário já supera o valor contratado em 2006

- Financiamentos de imóveis pelo SBPE têm crescimento de 73,7%

- Em dez anos, aumenta mais de 12 vezes total concessão de crédito imobiliário

Notícia - EUA:
- Construção de casas nos EUA cai 2,6% em agosto

Notícias - Bancos:
- Bradesco vai ampliar carteira de crédito imobiliário em R$ 1 bi

- Casa própria do BB começa por SP

Notícia - Mercado Imobiliário - SP:
- Venda de imóveis em São Paulo cresce quase 10%

Notícia - FGTS:
- FGTS garante crédito


Notícias - Crédito Imobiliário:

Até agosto, crédito imobiliário já supera o valor contratado em 2006
Em agosto, o volume de novas operações contratadas pelos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que opera com recursos das cadernetas de poupança, atingiu R$ 1,801 bilhão - novo recorde mensal, também registrado no número de unidades financiadas (18.428).

Entre janeiro e agosto de 2007, o volume de operações chegou a R$ 10,331 bilhões, com crescimento de 73,7% em relação ao mesmo período do ano passado (quando foram emprestados R$ 5,945 bilhões). Nos últimos 12 meses, até agosto, o total contratado alcançou R$ 13,726 bilhões, superando em 73,6% o volume atingido nos 12 meses anteriores.

Quanto à quantidade de imóveis, elevou-se a 117.237 o total de unidades financiadas neste ano (mais do que as 113.873 unidades do ano passado) e a 157.890 o número de unidades financiadas nos últimos 12 meses, com avanço de 58% em relação aos 12 meses anteriores.

Os sucessivos recordes alcançados pelo SBPE sinalizam que o volume de contratações em 2007 deverá superar R$ 15 bilhões e 160 mil unidades financiadas.

Também foi positivo o desempenho da captação líquida de recursos por intermédio dos depósitos de poupança. Em agosto, os depósitos superaram os saques em R$ 2,375 bilhões (número inferior, neste ano, apenas ao de julho, de R$ 2,695 bilhões), elevando a captação líquida dos primeiros oito meses de 2007 a R$ 11,045 bilhões. Com isto, o saldo total das cadernetas de poupança chegou a R$ 168,745 bilhões, superando em 24,5% o saldo de R$ 135,592 bilhões registrado em agosto do ano passado.

Fonte: O Globo

Financiamentos de imóveis pelo SBPE têm crescimento de 73,7%
As operações de crédito imobiliário realizadas até agosto pelos agentes financeiros do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) já superam em volume e em unidades financiadas todo o ano de 2006.

Segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), as operações somam R$ 10,331 bilhões, com crescimento de 73,7% em relação aos oito primeiros meses de 2006. O volume contratado em todo o ano passado foi de R$ 9,340 bilhões.

Unidades - O número de unidades financiadas de janeiro a agosto foi de 117.237, com expansão de 60,12% em relação ao mesmo período de 2006. As unidades financiadas em todo o ano passado totalizaram 113.873.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, em agosto o volume de novas operações contratadas pelos agentes do SBPE, que operam com recursos das cadernetas de poupança, atingiu R$ 1,801 bilhão – novo recorde mensal, também registrado no número de unidades financiadas (18.428).

Recordes - Para a associação, os sucessivos recordes alcançados pelo SBPE sinalizam que o volume de contratações em 2007 deverá superar R$ 15 bilhões e 160 mil unidades financiadas.

Também é positivo o desempenho da captação líquida de recursos por intermédio dos depósitos de poupança.

Em agosto, os depósitos superaram os saques em R$ 2,375 bilhões, valor inferior, neste ano, apenas ao de julho, de R$ 2,695 bilhões.

Captação - Com o desempenho de agosto, a captação líquida dos primeiros oito meses de 2007 alcançou R$ 11,045 bilhões.

Assim, o saldo total das cadernetas de poupança no País atingiu a marca dos R$ 168,745 bilhões, superando em 24,5% o saldo de R$ 135,592 bilhões registrado em agosto do ano passado.

Vendas subiram 9,76% em todo o Estado

A venda de imóveis no Estado de São Paulo cresceu 9,76% no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado.

Foram 14.430 unidades vendidas até junho, ante 13.147 unidades no primeiro semestre de 2006.

Em valores, foram negociados R$ 4,37 bilhões, com crescimento de 6,26% em relação R$ 4,12 bilhões de igual período do ano passado. Os números são Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo).

Segundo Romeu Chap Chap, presidente do Secovi, o momento para o mercado habitacional é positivo e caminha junto com o bom momento da economia brasileira.

O mercado habitacional está crescendo substancialmente e, através do marco regulatório do setor, das leis sobre financiamentos imobiliários e a concorrência entre os bancos, o mercado imobiliário alavanca e o crescimento vai ser contínuo. Para Chap Chap, a crise imobiliária americana não afeta o mercado brasileiro. Segundo ele, o problema nos EUA foi por excesso de financiamento desqualificado.

Fonte: Diário ABC

Em dez anos, aumenta mais de 12 vezes total concessão de crédito imobiliário
Nos últimos dez anos, aumentou em 12 vezes o total de crédito concedido pela iniciativa privada para a compra de imóveis. Pesquisa divulgada na última terça-feira (18) pela incorporadora Agra, durante apresentação do seminário "O Brasil já vive um boom imobiliário?", mostrou que esse total passou de 17,8 bilhões para 214,5 bilhões neste ano. No mesmo período de tempo, o prazo máximo de pagamento saltou de 36 meses para 360 meses.

Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgados no mesmo evento apontaram que, nos sete primeiros meses do ano, o número de unidades financiadas passou de 61,6 mil, em 2006, para 98,8 mil, em 2007. Já o valor dos financiamentos no mesmo período avançou 72% - de R$ 4,961 bilhões, em 2006, para R$ 8,525 bilhões em 2007.

Motivadores do resultado
Conforme o coordenador da FGV Projetos, Fernando Garcia, a queda dos juros, o aumento dos prazos de financiamento para 20 anos em média e a capitalização das 22 empresas do setor com ações na bolsa de valores foram responsáveis por esse resultado. E o desempenho fará ainda que a construção civil e os negócios imobiliários retomem uma posição de liderança na formação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos próximos anos.

Para a Agra, as flexibilizações para a aquisição da casa fizeram que mais famílias tivessem capacidade de pedir crédito imobiliário. Por exemplo, para poder financiar 80% de uma moradia com preço de R$ 100 mil, com juros anuais de 7,5%, era necessário renda mensal de oito salários mínimos, com prazo de 15 anos. Saltando para 30 anos o período do pagamento, caiu para seis salários mínimos a necessidade de ganho mensal.

Investimentos garantidos
Ricardo Setton, diretor de Relações com o Investidor da Agra Incorporadora, uma das 11 empresas que abriram capital neste ano, informou que possui um landbank (estoque de terrenos) equivalente a R$ 11 bilhões.

Para Garcia, números desse tipo garantem o crescimento da atividade até 2010, ainda que o mundo cresça menos nos próximos anos, em decorrência de eventual acirramento da crise financeira internacional, ocasionada pela crise do crédito de alto risco dos Estados Unidos, o subprime. O motivo é que esses investimentos já estão garantidos.

Fonte: InfoMoney (Adriele Marchesini)

Notícia - EUA:
Construção de casas nos EUA cai 2,6% em agosto
A construção de casas nos EUA teve uma queda de 2,6% em agosto, para uma taxa anualizada de 1,331 milhão de unidades. Foi o menor ritmo em 12 anos, em meio à crise no mercado imobiliário do país. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Departamento do Comércio.

O mercado imobiliário vem lidando há mais de um ano com uma contínua desvalorização de imóveis e quedas de vendas no país. A crise no mercado de hipotecas de risco, causada pelo crescimento da inadimplência, também afetou o mercado imobiliário do país.

Em julho, a taxa anualizada de novas construções de residências nos EUA havia sido de 1,38 milhão. A expectativa dos analistas era de que a taxa cairia para 1,35 milhão de unidades no mês passado.

O número de alvarás de construção --vistos como sinal de confiança das construtoras no mercado-- caiu para 1,31 milhão (taxa anualizada), contra 1,39 milhão em julho (a expectativa era de queda para 1,34 milhão).

Confiança
Ontem a NAHB (Associação Nacional de Construtores Residenciais, na sigla em inglês) informou que o índice de confiança dos construtores residenciais caiu para 20 pontos neste mês (contra 22 em agosto), repetindo o dado de janeiro de 1991. Foi também o sétimo resultado consecutivo de queda --a última alta no índice foi registrada em fevereiro deste ano, quando chegou a 39 pontos.

"Os construtores estão preocupados com o medo dos compradores diante das notícias sobre os problemas no mercado de hipotecas e os efeitos sobre os preços dos imóveis", disse o presidente da associação, Brian Catalde.

Fonte: Correio Braziliense

Notícias - Bancos:
Bradesco vai ampliar carteira de crédito imobiliário em R$ 1 bi
Brasília, 21 de Setembro de 2007 - O Bradesco vai ampliar em R$ 1 bilhão a carteira de crédito destinada ao financiamento imobiliário no ano que vem. Este ano, até outubro, o banco deve fechar R$ 3 bilhões nessa categoria de financiamentos. Essa modalidade de crédito é a que mais cresce no país. Este ano, as operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 10,3 bilhões. O Bradesco é o líder no financiamento de imóveis entre os bancos privados e perde apenas para a Caixa Econômica Federal.
Mas o banco também quer ser o primeiro em crédito consignado. De acordo com o presidente do maior banco privado do Brasil, Márcio Cypriano, a instituição pretende se tornar líder nas operações de crédito consignado a partir de abril do próximo ano. Ele tem planos estruturados em uma base sólida de contratos, que fechou julho deste ano com R$ 250 milhões em crédito consignado.
A idéia, de acordo com Cypriano, é manter o ritmo de crescimento e ultrapassar o líder neste mercado, o banco BMG. "O BMG é quem, por enquanto, tem a liderança do crédito consignado. Existe um acordo operacional deste crédito que termina em outubro ou novembro", disse.
No caso do crédito imobiliários, Cypriano avalia que há muito espaço para o banco expandir no setor. De acordo com ele, as alterações realizadas nas leis que regulavam o crédito imobiliário no país trouxeram mais segurança para as instituições ampliarem os investimentos. "Temos vários lançamentos imobiliários novos no mercado e, de fato, podemos financiar grandes volumes".
A expectativa do presidente do Bradesco é que em 2007 o banco feche com crescimento de 23% a 27%. Essa estimativa foi feita com base em expansão de 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme previsão feita pelo próprio banco, mais otimista do que as previsões do governo, que conta com crescimento de 5%.
Para ele, um dos melhores negócios para o setor financeiro atualmente é a aquisição de bancos estatais. Isso porque esses bancos possuem a folha de pagamento do funcionalismo públicos. "Além de receberem seus salários, as pessoas concentram suas operações financeiras, como pagamentos de contas".
De acordo com as informações do Bradesco, em 2000 eram 6 milhões de clientes e neste ano o banco vai fechar com 36 milhões de clientes em mais de três mil agências no país, além de 2600 pontos de atendimento bancários e mais de 5700 pontos do Banco Postal, entre outros.
Sobre a possibilidade de rompimento da parceria entre os Correios e o Bradesco para constituição da rede de 5707 pontos do Banco Postal, Cypriano afirmou que não foi contato pelos Correios. De acordo com ele, o contrato permite o acesso de mais de seis milhões de pessoas de baixa renda aos serviços bancários. Ele afirma que o contrato é vantajoso para o Bradesco, para população e principalmente para os Correios que recebem, em média, R$ 15 milhões mensais pelos serviços prestados.


Casa própria do BB começa por SP
Os paulistas serão os primeiros a contar com a nova linha de crédito para financiamento de imóveis que o Banco do Brasil (BB) lança no final de outubro. A instituição escolheu São Paulo para testar o produto, que oferece crédito de 90% do valor total em até 300 meses (25 anos), a famílias com renda mínima de três salários mínimos (hoje R$ 1.140). A previsão do banco é que até o final do ano a oferta seja ampliada aos demais Estados.

As informações são de Paulo Cassarelli, diretor de Crédito Imobiliário do BB. Até agora, o banco conta com duas linhas para financiamento imobiliário, com prazos de 20 anos. Para imóveis até R$ 150 mil, é permitido financiar no máximo 80%; na faixa entre R$ 150,1 mil e R$ 350 mil, é possível financiar até 75% do total.

De acordo com Cassarelli, o novo produto surgiu da necessidade de o banco adequar-se ao mercado, que oferece financiamento com prazos cada vez mais longos. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, lançou este mês a oferta de crédito para compra de imóveis com 30 anos para pagar.

Cassarelli explica que ainda não é possível falar em juros ou volume de recursos, mas adianta que serão “taxas competitivas” e que todas as demandas que se enquadrem no produto serão atendidas. Ele acrescentou que os focos dos financiamentos serão tanto consumidores quanto empresas da construção civil. Na opinião de Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a nova alternativa reflete o novo filão que os bancos encontraram para aumentar os ganhos, no caso o crédito imobiliário.

R$ 16 bilhões disponíveis

Entre janeiro e agosto de 2007, o volume de contratos de financiamento imobiliário com recursos da caderneta de poupança atingiu R$ 10,3 bilhões, aumento de 73,7% ante o mesmo período do ano passado. A informação é da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Segundo Osvaldo Fonseca, diretor-geral da Abecip, até o final do ano a estimativa é que o total chegue a R$ 16 bilhões. Segundo Mauro Costa, diretor de Crédito Imobiliário da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os recursos da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)somam mais de 90% do que é destinado à compra de imóveis. Mauro informou que o total de FGTS previsto para financiamento em 2007 é de R$ 6,8 bilhões.

Fonte: Jornal da Tarde

Notícia - Mercado Imobiliário - SP:
Venda de imóveis em São Paulo cresce quase 10%
A venda de imóveis no estado de São Paulo cresceu 9,76% no primeiro semestre de 2007, em comparação com o igual período do ano passado. Foram 14.430 unidades vendidas nos seis primeiros meses deste ano contra 13.147 unidades no primeiro semestre de 2006. Em valores, foram negociados R$ 4,37 bilhões, com crescimento de 6,26% em relação ao primeiro semestre de 2006, quando o total negociado chegou a R$ 4,12 bilhões.

Os números foram apresentados nesta quarta-feira pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) no lançamento do Salão Imobiliário São Paulo (Sisp), que vai ser realizado no período de 27 a 30 deste mês.

De acordo com o presidente do Secovi, Romeu Chap Chap, o momento para o mercado habitacional é positivo e caminha junto com o bom momento da economia brasileira.

- O mercado habitacional está crescendo substancialmente e, através do marco regulatório do setor, das leis sobre financiamentos imobiliários e a concorrência entre os bancos, o mercado imobiliário alavanca e o crescimento vai ser contínuo.

Para Chap Chap, a crise imobiliária americana não afeta o mercado brasileiro.

- A crise americana não afetará o mercado brasileiro, que é muito forte, está aquecido, e há grande demanda. E a crise imobiliária americana foi por excesso de financiamento desqualificado - destacou Chap Chap.

Segundo ele, é só olhar pelas ruas e verificar a quantidade de empreendimentos habitacionais para que se perceba o momento.

- O Brasil está virando um canteiro de obras.

Em contrapartida, como reflexo deste momento, "estão faltando engenheiros e mestres de obras no Brasil inteiro", acrescentou.

Outro fator que aquece o mercado são os empreendimentos que dão prioridade à população de baixa renda.

- Nós estamos começando um processo de atender a baixa renda. Mesmo com os recursos do fundo de garantia [FGTS], que, de certa maneira, eram utilizados para financimento de habitação popular, a baixa renda estava pouco atendida - disse Chap Chap.

De acordo com o presidente do Secovi, os bancos viram a necessidade de entrar no mercado de imóveis para baixa renda.

- Está havendo crescimento da renda do brasileiro, está havendo diminuição da pobreza, e isso siginifica que tem uma massa de pessoas neste país que começa a ter condições de comprar um imóvel em vez de pagar aluguel.

Para ele, o Plano de Aceleração de Crescimento (PAC) está diretamente ligado neste nicho.

- O PAC tem a ver com a construção imobiliária de baixa renda, tem muitos recursos sendo alocados.

Por fim, Chap Chap destacou a importância da construção civil para a economia do país.

- A construção civil é a grande alavancadora da economia, sem dúvida nenhuma. E a imobiliária, em particular, preenche todos os espaços (criados pela construção civil)

Fonte: O Globo


Notícia - FTGS:
FGTS garante crédito
Após aprovar a redução de 0,5% na taxa de juros do financiamento habitacional para tomadores de empréstimos habitacionais titulares do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o Conselho Curador quer agora estabelecer novas regras para os trabalhadores, como o crédito pré-aprovado para a casa própria. Para elaborar as mudanças, formou-se um grupo de trabalho.

A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, confirmou ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que apóia as mudanças. “A saúde financeira do FGTS é hoje fruto, principalmente, de uma boa gestão, e é importante dividirmos isso com os fundistas”, disse a presidente da Caixa ao ministro. “O fundo precisa se voltar cada vez mais para os verdadeiros donos dos recursos”, afirmou Lupi, no encontro.

Ontem, o Ministério do Trabalho divulgou que as ações de fiscalização nas empresas resultaram na recuperação de R$ 214 milhões para contas do FGTS — 19% a mais que no mesmo período no ano passado. Segundo a chefe da Divisão de Fiscalização do FGTS, Maria Dolores Schenfert, o avanço se deve à estratégia fixada este ano, que levou ao crescimento do número de trabalhadores alcançados pelos auditores.

O vice-presidente da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças), Miguel de Oliveira, que prevê redução de 4% nos financiamentos habitacionais a partir das mudanças promovidas pelo Conselho Curador, está otimista em relação ao projeto de lei aprovado no Senado, que assegura a portabilidade do crédito para quem tem consignado, confirmando a boa maré para os trabalhadores.

“É positivo, porque essa mobilidade é vedada a quem trabalha no segmento privado e só pode financiar no banco em que recebe. Os juros vão ceder mais para esses”, explica.

Segundo ele, para quem tomou crédito há dois anos, por exemplo, a vantagem seria grande: “Os juros eram bem superiores”.

Professor do Ibmec, Fábio Fonseca diz que os bancos traçam perfis das taxas específicos, segundo os riscos de cada categoria, o que gerou patamares para aposentados e pensionistas, servidores e trabalhadores privados. Fonseca crê que, individualmente, os bancos criem oportunidades para atrair e fidelizar, com juros menores, por negociação.

Mais um banco empresta para motoboy

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vai procurar pessoalmente o presidente do Banco do Brasil (BB), Antônio Francisco de Lima Neto, como fez com a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, para apresentar e discutir a proposta de criação de linha de crédito especial para os taxistas, mototaxistas e motoboys.

O objetivo é traçar, com os bancos oficiais, um programa específico de financiamento de longo prazo, beneficiando os trabalhadores com parcelas, nas palavras de Lupi, “mais suaves” que o mercado oferece hoje.

A Caixa Econômica Federal não quer adiantar detalhes sobre o programa, porque o formato ainda não foi fechado com o Ministério do Trabalho. Em breve, as condições de financiamento nos dois bancos serão divulgadas pelo governo.

Para os motoboys, que foram a Brasília no ínicio da semana pedir o apoio de Lupi para a aprovação do Projeto de Lei nº 6.302, que regulamenta o exercício da atividade, o ministério reserva outra novidade. No ano que vem, a categoria, formada por pelo menos 2 milhões de trabalhadores, receberá atenção e terá um programa específico de qualificação do Plano Nacional de Qualificação. Os cursos vão seguir o movimento de profissionalização do segmento, formando novos motoboys e mototaxistas do mercado.

BB: nova linha a partir de outubro

O Banco do Brasil lança até o fim de outubro linha própria para a compra da casa própria. São Paulo participará do projeto piloto. Outros estados entram no programa até o fim do ano, de acordo com o diretor de crédito imobiliário do BB, Paulo Rogério Cassarelli. O banco, que não revelou a taxa de juros a ser cobrada, abrirá financiamento para até 25 anos e 90% do valor do imóvel.

Atualmente, o banco tem crédito imobiliário com recursos da Poupex, poupança do Exército, com taxas que variam de 8,95% a 12% mais TR (Taxa Referencial), em até 20 anos.

Segundo o gerente executivo de crédito imobiliário do BB, Denilson Molina, a instituição não descartou ampliar o prazo para 30 anos, como já acontece com a Caixa Econômica. Mas por enquanto, não identificou maior demanda para esse prazo. O Banco do Brasil pretende trabalhar com produtos diferenciados para atrair também novos clientes.

Este ano, até agosto, as operações de crédito imobiliário, realizadas pelos agentes financeiros do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), já superam em volume e em unidades financiadas todo o ano de 2006. O crescimento em recursos foi de 73,7% e 60,12%, em unidades financiadas, pelas contas da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Fonte: O Dia

Nenhum comentário: